quarta-feira, 30 de maio de 2012

Atendendo a pedidos: Vídeo ensinando a fazer o pão de queijo MINEIRO.

Recebemos um e-mail pedindo um vídeo de receita de pão de queijo mineiro, nossa equipe fez uma pesquisa e a melhor receita sem dúvida é a de Dona Lucinha, que fez o maior sucesso no programa Terra de Minas. Segue abaixo:



Obrigada à Ana Paula Oliveira que nos mandou o e-mail, obrigada por ser nossa leitora e admiradora do Instituto Beira da Estrada (palavras de Ana Paula) e porque através do seu pedido, nossa equipe encontrou esse vídeo maravilhoso que é um grande presente para nós.

Abraços a todos!

Marciana Camilo
Jornalista

Pão de Queijo Mineiro... uma tradição!


Ingredientes:

5 xicaras (chá) de povilho doce
1 xicara (chá) de óleo
1 xicara (chá) de água
1 xicara (chá) de leite
sal a gosto
6 ovos
2 xicaras (chá) de queijo de minas padrão (meia cura) ralado
Modo de Fazer:

Em uma tigela coloque o povilho e reserve.
Em uma panela, coloque o oleo, a água, o leite , o sal, e leve ao fogo médio, mexendo até ferver. Despeje sobre o povilho na tigela e misture até obter uma massa homogênea, adicione os ovos, um a um, misturando a cada adição. Junte o queijo meia cura e amasse com as mãos até incorporar. Faça bolinhas e leve p/ assadeira semuntar. leve ao forno medio pré -aquecido por 20 minutos ou até dourar.

Fica ainda mais gostoso se servir com requeijão, aquele feito nas fazendas do interior de nossa Minas Gerais.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Saber&Sabor: Culinária Mineira - Dona Lucinha



A História da Comida Mineira
Os tempos são atravessados e contados através da culinária


Para falar de onde vem a comida mineira é preciso voltar um pouco na história do século XVIII para entendermos melhor a variedade culinária do estado.

Foi durante este século que o Brasil viveu o ciclo do ouro com a descoberta das riquezas de Minas Gerais. O ouro e o diamante atraíram milhares de pessoas de todas as partes do país interessadas em ganhar dinheiro com o garimpo. A região na época era pouco explorada e os índios ofereceram resistência aos exploradores. Em pouco tempo as áreas de mineração se tornaram o mais importante centro econômico do Reino Português, o que fez com que as atividades produtivas de outras regiões se integrassem. 

As primeiras cidades como Mariana, Ouro Preto, Diamantina, São João Del Rei, Tiradentes e várias outras, surgiram nos locais da mineração. Havia uma quantidade enorme de escravos usada para mão-de-obra. Juízes, militares, funcionários civis, profissionais liberais, comerciantes, artistas e etc. também vieram para Minas e formavam a sociedade. O ouro foi responsável pela integração brasileira.

Os bandeirantes de São Paulo descobriram as riquezas. No Rio de Janeiro estava o porto mais próximo para a saída do ouro e a entrada de mercadorias estrangeiras e escravos vindos da áfrica. Os fazendeiros da região nordeste traziam o gado e também produtos agrícolas. Do norte vieram trabalhadores atrás de riquezas. Do sul do país, os tropeiros gaúchos forneciam carne bovina e mulas para o transporte.

A culinária mineira é o resultado de toda essa mistura de regiões brasileiras, sem nos esquecermos da influência dos estrangeiros que já estavam no país. As receitas vindas de diversas partes do Brasil sofreram mudanças e adaptações. A mistura de ingredientes ou a substituição de um pelo outro foram montando e construindo a culinária do estado. 

Os portugueses contribuíram muito para esta mistura de ingredientes. Durante navegações pelos continentes eles levavam e traziam todo tipo de especiarias, alimentos e bebidas. O que veio de fora se incorporou com a variedade de alimentos que já eram utilizados aqui. Frutas tropicais como a goiaba, a jabuticaba e alimentos que tribos indígenas já usavam como a mandioca, o milho, a batata doce e o mel. A culinária mineira é uma mistura da herança cultural de diversos povos que ajudaram a formar o estado.

O mineiro está sempre pronto para tomar um cafezinho, por isso segundo o costume mineiro é necessário fazer cinco refeições por dia. Almoço, jantar e três cafés, que são: da manhã, da tarde e da noite. É claro que o cafezinho preto não é saboreado sozinho ele é acompanhado de pães, broas, bolos, biscoitinhos, docinhos e etc. O café pode ser apreciado também com um pouco de leite, mas os mineiros costumam bebê-lo sozinho a qualquer hora do dia.

O café-da-manhã é simples: café, pão com manteiga ou a broa de fubá. No almoço um arroz com feijão, carne, legumes e verduras. A sobremesa não pode faltar, doce em compota, goiabada com queijo ou doce de leite. Depois vem o café da tarde, na verdade ele é parecido com o da manhã, mas é mais reforçado com bolo, rosca, biscoito e o queijo de minas fresco. O jantar geralmente repete o almoço e para fazer a digestão um licor ou uma cachaça boa vai bem. Antes de dormir mais um gole de café e algumas quitandas.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fogão à Lenha:



O fogão à lenha ou também chamado de fogão caipira é uma culinária, da cozinha antiga ou mineira, utilizado para preparar alimentos.
Estes fogões podem ser vistos com mais frequência nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, onde a culinária caipira está mais acentuada. Nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a culinária caipira também está presente, especialmente nas áreas rurais.
E as receitas caipiras preparadas neste tipo de electrodoméstico ficam divinas, vale a pena experimentar!



Tipos de fogões:

No Brasil existem dois modelos diferentes de fogões de lenha. O primeiro, mais utilizado no sul do país, é montado em metal. Carvão vegetal ou lenha são adicionados na parte de baixo do fogão, aquecendo tanto o forno bem como uma chapa de metal instalada em seu topo, onde são colocadas as panelas.
Um segundo tipo de fogão, mais utilizado nos estados de Minas Gerais e interiro de São Paulo, é construído em alvenaria. A lenha é colocada diretamente em um túnel sob os bocais do fogão. O ar quente resultante da queima da lenha circula por esse túnel, indo até a base da chaminé, onde normalmente é instalado um forno, feito em aço ou ferro fundido. Após aquecer o forno, a fumaça sobe pela chaminé e é liberada à atmosfera. Algumas pessoas instalam serpentinas de canos de cobre na base desses fogões, o que permite a obtenção de água quente sempre que a lenha estiver queimando.

domingo, 20 de maio de 2012

Mineiridades e Mineirices:


Dizem que um mineiro típico é aquele que, por exemplo, sabe entender os lamentos de um carro de boi, come diariamente e sabe fazer o legítimo pão de queijo e é ressabiado por natureza. Os nascidos nas Minas Gerais carregam desde o seu nascimento os requintes da perpetuação de uma tradição, a qual este jeito de ser e viver se define pelo que chamam de mineiridade. Mas a partir deste termo cabem muitas indagações, algumas das quais faremos na coluna deste mês que completa o seu aniversário de um ano.

Serão todos os mineiros disseminados nestas vastidões de terras do sem-fim detentores de uma cultura em comum? Eles seriam modelos que reproduzem determinados padrões de um grupo? E, neste caso, aqueles nascidos no Vale do Paraopeba representariam as Gerais com traços personificados ou individualizados? É momento de reflexão, contudo, é apropriado lembrar Guimarães Rosa que há tempos já sintetizou estas controvérsias adequadamente: Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.

A multiplicidade do ser mineiro não é um privilégio somente daqueles que nasceram neste Estado. É, antes de tudo, uma provocação para todos que vivem neste mundo de ritmo cada vez mais acelerado, na qual as relações sociais tendem a ficar em segundo plano em vista da corrida contra o tempo, o que é potencializado pela globalização. Pois, estar ou ser mineiro é valorizar o cafezinho de bule feito no coador de pano, que exige paciência na morosidade do processo.

Também dizem que o ser mineiro é ditado pelo tempo do aprender a tocar viola, no qual o amadurecimento ou ponderação que lhe é próprio tem muito a nos dizer sobre as heranças da terra e suas raízes históricas. Em tempos remotos, nos idos da colonização do Brasil, para os territórios das Minas vieram gente de todo tipo e lugar em busca das riquezas do ouro, ferro e pedras preciosas. Miscigenaram-se com os índios que viviam nestes arrabaldes, expulsaram e aniquilaram tantos outros. Trouxeram negros africanos que cruelmente se tornaram a mão de obra escrava por excelência.

E nestes sertões longe demais dos litorais constituíram-se famílias de forte devoção aos santos católicos, tão dedicadas à vida doméstica e pautadas na autoridade patriarcal. Dos iniciais povoamentos surgiram arraiais; das modestas capelas nasceram matrizes; das riquezas exploradas a Capitania se tornou Província de Minas Gerais. Pontes, chafarizes, pelourinhos, Casas de Câmara e Cadeia: eis as evocações da Coroa portuguesa nos pretensos símbolos da civilização.

No entre-lugar do ser mineiro – entre a vila e a fazenda; entre o nativo e o exótico; entre os sertões e as alterosas – convergiram-se valores e características atribuídas aos homens das Gerais. Consolidou-se o mito da mineiridade. Sob a égide do ouro e desta alma barroca, tão contrastante e dicotômica, configurou-se esta unidade na diversidade, das Minas às Gerais. É preciso, pois, tratar de mineiridades com o devido uso do plural, haja vista que a cultura mineira se funda nas diferentes influências que reflete as diversas manifestações das identidades regionais do Estado. E reconhecer as diferenças é construir um ser Minas tão Gerais!

Pensar na essência polivalente do próprio ser mineiro é conhecer, pois, sua cultura também por meio da história do Vale do Paraopeba que se materializa no acervo de seu patrimônio cultural. Trata-se do caminho a ser trilhado na missão da conquista da consciência da diversidade para que, então, a cultura local e regional passe a ser mais estimada, preservada e difundida. E também, para além, este conhecimento poderá guiar o acesso à cidadania cultural, um direito e um dever de todos aqueles que têm apreço por sua terra natal.

Para esta descoberta a respeito do universo de possibilidades de identidades convidamos a todos que reflitam como o fez Millôr Fernandes: Mineiro nunca é o que parece, sobretudo quando parece o que é...Apresenta-se incontestável que os ares e os modos dos mineiros se escondem nesta aura desconfiada em grande medida influenciada pelas montanhas. Se muitos dizem que Minas são montanhas, as Gerais também se configuram pelos sertões, aqueles campos que se estendem por aí afora. E a geografia do Vale do Paraopeba aponta para a proeminência desta multiplicidade. 

Do mosaico mineiro, a diversidade é um dos seus pontos fortes. À sombra do fausto e da euforia das Vilas Ricas, Diamantinas e Serros Frios, no anfiteatro de montanhas citado por Oswald de Andrade, no qual os profetas do Aleijadinho monumentalizam a paisagem, surgiram outros espaços com modos peculiares de existência. Constituiu-se uma realidade plural e não cristalizada, visto que é cambiante pela ação do tempo e do espaço. E como são diversificadas as regiões e os povos deste Estado, com seus modos, linguagens, músicas e tradições! Ambiciona-se, então, ouvir o brado da pluralidade para não correr os riscos da construção de estereótipos e clichês ou, ainda, de se perder as ricas particularidades culturais.

UM CARINHO PARA OS MINEIROS


Ser Mineiro - Carlos Drummond de Andrade



Ser Mineiro é não dizer o que faz, nem o vai fazer,
é fingir que não sabe aquilo que sabe,
é falar pouco e escutar muito,
é passar por bobo e ser inteligente,
é vender queijos e possuir bancos.

Um bom Mineiro não laça boi com imbira,
não dá rasteira no vento,
não pisa no escuro,
não anda no molhado,
não estica conversa com estranho,
só acredita na fumaça quando vê o fogo,
só arrisca quando tem certeza,
não troca um pássaro na mão por dois voando.

Ser Mineiro é dizer "uai", é ser diferente,
é ter marca registrada,
é ter história.
Ser Mineiro é ter simplicidade e pureza,
humildade e modéstia,
coragem e bravura,
fidalguia e elegância.

Ser Mineiro é ver o nascer do Sol
e o brilhar da Lua,
é ouvir o canto dos pássaros
e o mugir do gado,
é sentir o despertar do tempo
e o amanhecer da vida.

Ser Mineiro é ser religioso e conservador,
é cultivar as letras e artes,
é ser poeta e literato,
é gostar de política e amar a liberdade,
é viver nas montanhas,
é ter vida interior,
é ser gente.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Beira da Estrada – HOJE

Alfabetização e capacitação de trabalhadores e trabalhadoras do campo:



Tem como uma de suas propostas a mobilização dos cidadãos na luta pela erradicação do analfabetismo em especial na sua áreas de atuação, que é o campo. Cidadania não existe sem educação.

Trabalha com a família como um todo e busca melhoria para os que são do campo, mas no campo: educação básica para todos, capacitação e formação de parcerias que têm como retorno a melhoria das condições de todos no campo.

Acredita que as metas do milênio, estabelecidas pela ONU, só serão definitivamente alcançadas se tivermos como prioridade educação básica para todos. Para tanto, todos devemos estar comprometidos na busca deste objetivo, que deve fazer parte de nossas metas pessoais e empresariais diariamente.